Mulheres não são produtos...

Written on 19:41 by João Edilson

...Mas seria bem mais fácil se fossem.

Se mulheres fossem como um eletrodoméstico seria muito mais simples de manusear. Aperto os mesmo botões e nem sempre a mulher executa a operação que eu espero. Palavras de comando não funcionam, é como se você tivesse de descobrir como usar todos os dias de uma forma diferente.

Não tem um manual de intruções, não tem serviço de atendimento ao consumidor em casos de dúvidas.E quando dá defeito não dá pra trocar... quer dizer, isso dá. Mas aí já é mais complicação, outra combinação de botões a serem apertados e você nunca sabe a ordem certa.

Seria mais fácil invadir o sistema do Pentágono.

Logo cedo?

Written on 15:09 by Chicletinha

Andando logo cedo pela rua, é necessário esboçar sorrisos de bom dia a outros também recém acordados?

Poupe-me da boa educação! Eu não preciso desejar um bom dia a ninguém, considerando que meu mau humor só desaparece depois de duas horas e meia de olhos abertos.

Quem tem um bom dia acordando as seis da matina, sem tempo pra ao menos tomar uma xícara de café?

Eu não tenho o melhor trabalho do mundo. Tenho que chegar na espelunca, abri-la, olhar ao redor e respirar bem fundo para não sair quebrando as vitrines de vidro com marquinha dos dedos dos curiosos que enxergam com as mãos.

Mal acomodo o traseiro na cadeira e o identificador já aponta ‘nhentas’ chamadas não atendidas. Por que as pessoas não ligam no horário de atendimento?

Poderia sim, desejar a todos uma boa tarde, mas só quando tenho horário de almoço. Com a pança cheia até rola dar um tchauzinho fingindo estar contente.

Quem foi que inventou o horário comercial local?

Quem foi que disse que temos que trabalhar pra sobreviver?

E quem é que pode avisar pros conhecidos de encontro matutino que bom dia mesmo só existe quando é feriado nacional?

Troco ou balinha?

Written on 06:22 by Chicletinha

-Deu quarenta e oito e oitenta e nove.

E lá se foi mais uma nota de cinquenta, aliás, a última desse mês. Papai dizia que é melhor não trocar as notas de cinquenta, se não a gente gasta (???).

-Tem desconto à vista?

-Não, infelizmente.

Pegou minha ‘oncinha’, me deu uma nota suja de um real e uma moeda de dez centavos.

-Desculpe, mas o troco está errado.

Jogou no balcão uma balinha.

-Obrigado, senhora!

-Desculpe, eu não pedi balinha. Disse que meu troco está errado. Sem desconto algum, isso não custa quarenta e oito e oitenta e nove? Então, falta uma moedinha aqui!

-Vou lhe dar um desconto...

Quando vi aqueles cinco centavos, enlouqueci. Eu não estava com a fúria transbordando por conta de alguns centavos, e sim, por que pechincho mesmo! Geralmente, me saio bem. Dessa vez, eu falhei. Eu falhei!

Peguei a moeda, sai. 

Voltei em alguns segundos, usei aquele troco para comprar balinhas, no mesmo caixa.

Olhou-me com vontade de executar um estrangulamento.

Deveria ter pechinchado por elas também.